sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

BOM TE ENCONTRAR



      
                       
É tarde! Quase noite!
O som da cigarra é ouvido ao longe...
Anuncia, para o outro dia,
O sol que será brilhante.

Em meio às buzinas e o trânsito angustiante.
Nelson o passageiro viajante...
Fixa-se seu olhar no infinito,
Em sua mão, um poema mal escrito.

As lágrimas rolam em seu rosto, de modo involuntário.
Cabisbaixo, começa refletir.
Onde exatamente o processo se rompeu?
Quem deveria dirigir minha vida, é Deus e não eu.

Cada vez, mais, tomei para mim as decisões,
Impedi de Deus, as soluções...
Na presa de ter o melhor dessa vida...
Hoje, a conseqüência é sentida...

Alguns valores foram esquecidos.
Só me resta agora, que tudo deu errado,
Ir a traz daquele que sempre me ensinou...
E nos caminhos do Senhor minha vida orientou.

Ao ver, seu velho pai, no portão sentado.
O soluço não conteve... Nelson, em prantos...
Em seus braços se atirou.

Mesmo, sem enxergar, o filho ausente,
O pai pode abraçar...

-Filho querido!!
-Pai! Como é bom te encontra.
Desculpe-me, se os telefonemas, eu não retornei.
Se os almoços em família, eu faltei.

Ah! a emoção era grande de poder o filho beijar.
Exclama com carinho. -Não importa!
Bom mesmo é agora poder te tocar.

Naquele estante, todo ensinamento do Senhor.
No coração de Nelson, ecoou como louvor!
E como diz no Salmo 23...
O refrigério veio de uma vez...


Aquele abraço era esperança.
Para a alma da criança...
Que diante das circunstâncias.
A angústia que sentia, foi preenchido pela alegria.

E da boca do pai, o Espírito Santo de Deus ministrou...
-Eu não sei o que você tem feito.
Mas, percebo o seu sofrer.

Volte para Deus...
Ele, assim como eu, espera por você.

Ao ouvir essas palavras, Nelson, lembrou...
Do poema antigo que na igreja recitou.

Escrito em um papel... Com letras de criança.
Foi usado por Deus para lembrar-se da Infância.
E o fez sair, sem vacilar para o colo do Pai,
Na outra América buscar.

Lendo a letra no papel amassado,
Com a voz embargada pela emoção,
Canta com o Pai a linda canção.

Pai de amor gosto tanto de Ti.
Pai de amor gosto tanto de Ti.
Tu nos santificas, em nós sempre habitas...
Pai de amor, gostando de Ti.

Agora, você que me ouve...
Reflita no que será dito.

Não sei qual a tua história.
O que te aflige, e perturba a memória...

Não deixe o tempo passar!
Talvez, se um dia você for o teu pai procurar,
Ele pode, nessa vida, não mais estar.

E se estais longe do Pai Amor,
Saiba que amanhã, pode ser fatal.

Hoje é o dia, decida-se.
Ele espera por ti, para dar-te vida Eternal.

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