É tarde!
Quase noite!
O som da
cigarra é ouvido ao longe...
Anuncia, para
o outro dia,
O sol que
será brilhante.
Em meio às
buzinas e o trânsito angustiante.
Nelson o
passageiro viajante...
Fixa-se seu
olhar no infinito,
Em sua mão,
um poema mal escrito.
As lágrimas
rolam em seu rosto, de modo involuntário.
Cabisbaixo,
começa refletir.
Onde
exatamente o processo se rompeu?
Quem deveria
dirigir minha vida, é Deus e não eu.
Cada vez,
mais, tomei para mim as decisões,
Impedi de
Deus, as soluções...
Na presa de
ter o melhor dessa vida...
Hoje, a
conseqüência é sentida...
Alguns
valores foram esquecidos.
Só me resta
agora, que tudo deu errado,
Ir a traz daquele
que sempre me ensinou...
E nos
caminhos do Senhor minha vida orientou.
Ao ver, seu
velho pai, no portão sentado.
O soluço não
conteve... Nelson, em prantos...
Em seus
braços se atirou.
Mesmo, sem
enxergar, o filho ausente,
O pai pode
abraçar...
-Filho
querido!!
-Pai! Como é
bom te encontra.
Desculpe-me,
se os telefonemas, eu não retornei.
Se os almoços
em família, eu faltei.
Ah! a emoção
era grande de poder o filho beijar.
Exclama com
carinho. -Não importa!
Bom mesmo é
agora poder te tocar.
Naquele
estante, todo ensinamento do Senhor.
No coração de
Nelson, ecoou como louvor!
E como diz no
Salmo 23...
O refrigério
veio de uma vez...
Aquele abraço
era esperança.
Para a alma
da criança...
Que diante
das circunstâncias.
A angústia
que sentia, foi preenchido pela alegria.
E da boca do
pai, o Espírito Santo de Deus ministrou...
-Eu não sei o
que você tem feito.
Mas, percebo
o seu sofrer.
Volte para
Deus...
Ele, assim
como eu, espera por você.
Ao ouvir
essas palavras, Nelson, lembrou...
Do poema
antigo que na igreja recitou.
Escrito em um
papel... Com letras de criança.
Foi usado por
Deus para lembrar-se da Infância.
E o fez sair,
sem vacilar para o colo do Pai,
Na outra
América buscar.
Lendo a letra
no papel amassado,
Com a voz
embargada pela emoção,
Canta com o
Pai a linda canção.
Pai de amor
gosto tanto de Ti.
Pai de amor
gosto tanto de Ti.
Tu nos
santificas, em nós sempre habitas...
Pai de amor,
gostando de Ti.
Agora, você
que me ouve...
Reflita no
que será dito.
Não sei qual
a tua história.
O que te
aflige, e perturba a memória...
Não deixe o
tempo passar!
Talvez, se um
dia você for o teu pai procurar,
Ele pode,
nessa vida, não mais estar.
E se estais
longe do Pai Amor,
Saiba que
amanhã, pode ser fatal.
Hoje é o dia,
decida-se.
Ele espera
por ti, para dar-te vida Eternal.
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